domingo, 16 de agosto de 2009

Rastreio combinado do 1.º trimestre

O nosso código genético é composto por 46 cromossomas, 23 herdados do pai e 23 da mãe. À medida que a idade materna aumenta, eleva-se a probabilidade de ocorrerem erros neste processo. Podem surgir indivíduos com trissomia 13, 18 ou 21 (Síndrome de Down). Actualmente, existem ferramentas para a identificação destas alterações numéricas dos cromossomas numa fase inicial da gravidez.
O rastreio combinado do 1.º trimestre é um exame não invasivo efectuado entre as 11 e as 13 semanas e 6 dias de gestação. Congrega os dados da grávida (idade, peso e etnia), da ecografia (translucência da nuca e osso nasal) e das análises sanguíneas (beta-HCG e PAPP-A). Os resultados, que derivam de um complexo modelo matemático, são expressos sob a forma de uma probabilidade ou risco de o feto vir a sofrer de uma daquelas alterações numéricas dos cromossomas, não se pronunciado sobre outras anomalias cromossómicas ou sobre defeitos do tubo neural (rastreio bioquímico do 2.º trimestre). Apesar de ter uma taxa muito reduzida de falsos positivos ou falsos negativos, este exame não deve ser encarado como um teste diagnóstico mas como uma preciosa e válida orientação na avaliação do feto.
Geralmente, o rastreio é considerado positivo quando a probabilidade é maior do que 1:300 e, nesses casos, é proposta a realização de um teste invasivo, a amniocentese.

Auto-exame mamário


O cancro da mama afecta cerca de 1 em cada 11 mulheres. Existem diversos factores de risco como a idade e os antecedentes familiares. A detecção precoce permite salvar vidas e optar por intervenções conservadoras.
Os seios normais sofrem modificações ao longo da vida. A sua estrutura não é lisa nem simétrica e encontra-se sob influência hormonal. Para além destas variações, existem nódulos benignos que surgem em 50% das mulheres. Assim, para uma mulher identificar sinais de alerta, deve estar familiarizada com as características dos seus seios.
O auto-exame mamário é fundamental. Deve ser realizado com regularidade a partir da puberdade, após os períodos menstruais e, mensalmente, depois da menopausa. Uma boa oportunidade é o momento a seguir ao banho. Coloque-se frente ao espelho e observe as mamas com os braços pendentes, com as mãos na cintura e com as mãos atrás da cabeça. Segue-se a palpação frente ao espelho (pode ter sido efectuada antes, durante o duche): coloque atrás da cabeça a mão do lado do seio que vai palpar; com a polpa dos dedos da mão oposta percorra toda a mama e axila em movimentos circulares, primeiro superficiais e depois profundos. Pressione o mamilo para verificar se sai algum líquido. Por fim, efectue a palpação na posição deitada, com uma almofada debaixo das costas do lado da mama que está a ser palpada e com a mão desse lado debaixo da cabeça.
Contacte o seu médico se detectar: alterações no tamanho ou forma da mama, um novo nódulo, modificações da pele, mudanças na posição, forma e cor dos mamilos, corrimento mamilar, dor que se tenha iniciado recentemente, sobretudo se apenas num seio.
(Imagem: http://www.walgreens.com/library/graphics/images/en/17021.jpg)