segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Amniocentese


A amniocentese é uma técnica invasiva de diagnóstico pré-natal e consiste na aspiração de uma pequena quantidade de líquido amniótico por via abdominal, a qual é reposta em algumas horas. Realiza-se a partir da 16.ª semana com a grávida deitada de barriga para cima e com a cabeceira um pouco elevada. Após a desinfecção do abdómen é introduzida uma agulha que atravessa a parede abdominal e o útero, penetrando na bolsa amniótica. O desconforto é ligeiro, semelhante ao de colher sangue. Antes e durante o procedimento é feita uma ecografia. Se o grupo de sangue for Rh negativo é dada uma injecção de imunoglobulina. No dia do exame deve ir acompanhada e nunca em jejum. Recomenda-se repouso moderado nos 3 dias seguintes, não sendo necessário ficar deitada na cama.
As principais indicações para este exame são: idade materna avançada para estudo dos cromossomas do feto, risco de o bebé vir a sofrer de uma doença genética como a drepanocitose, risco de o feto ter sido infectado por uma doença como a toxoplasmose e algumas malformações fetais detectadas por ecografia.
Existem riscos e complicações como a ruptura da bolsa amniótica, aborto (1/200 amniocenteses), infecção, picada acidental do feto ou do cordão umbilical, quantidade insuficiente para a análise e diminuição irreversível do líquido amniótico.
Um resultado normal não garante uma criança normal uma vez que a análise é direccionada, não consistindo numa pesquisa de todos os genes do bebé nem se pronunciando sobre inúmeras doenças de causa não genética.
(Imagem: http://www.mayoclinic.com/images/image_popup/pr7_amnio.jpg)

domingo, 6 de setembro de 2009

Endometriose


O endométrio é uma película de tecido que reveste o interior do útero; a sua descamação cíclica traduz-se no período menstrual. Nalgumas mulheres o endométrio prolifera noutros locais como a cavidade pélvica, condição que define a endometriose. Trata-se de uma doença causada por diversos factores; existem várias teorias sobre as suas causas, mas nenhuma é consensual.
O principal sintoma é a dor pélvica, frequentemente correlacionada com o ciclo menstrual. Há maior dificuldade em engravidar, resultado de problemas ovulatórios, estado inflamatório, lesões nas trompas de Falópio e formação de aderências entre os órgãos da cavidade pélvica.
O diagnóstico definitivo é alcançado pela biópsia por via laparoscópica (observação do interior do abdómen com uma câmara de vídeo sob anestesia). No entanto, esse exame é reservado para algumas mulheres, uma vez que há outros métodos de suspeitar de endometriose: história clínica, exame ginecológico, ecografia pélvica, ressonância magnética e resposta terapêutica.
O tratamento é feito com recurso a analgésicos para combater a dor, medicamentos hormonais (pílula contraceptiva, danazol,…) e técnicas cirúrgicas, utilizadas apenas em alguns casos. Estas mulheres poderão necessitar do apoio de outros profissionais como psicólogos e nutricionistas. As medicinas complementares como a acupunctura podem contribuir para o controlo da dor.
(Imagem: http://www.consumerreports.org/health/resources/images/conditions/endometriosis-anatomy-final_default.jpg)