domingo, 29 de novembro de 2009

Estreptococo B


O Estreptococo do grupo B é uma bactéria que está presente na vagina ou no recto de uma razoável proporção de mulheres sem causar qualquer doença. No entanto, a transmissão ao recém-nascido durante o parto pode causar meningite, pneumonia ou sépsis (infecção generalizada). Assim, a boa prática médica recomenda a sua pesquisa no exsudado vaginal e ano-rectal entre as 35 e 37 semanas de gestação. Numa gravidez normal não interessa efectuar essa análise antes das 35 semanas.
Se o resultado for positivo apenas faz sentido medicar a grávida durante o trabalho de parto: são administrados antibióticos por via endovenosa para proteger o bebé. Por vezes o trabalho de parto é demasiado rápido e não permite a administração das doses de antibiótico recomendadas. Nestes casos os recém-nascidos são cuidadosamente avaliados pelos pediatras que podem optar por colher análises aos bebés. Se houver suspeita de infecção o bebé será de imediato medicado. Nos principais hospitais é muito pequena a taxa de mortalidade e de sequelas graves devido ao Estreptococo do grupo B adquirido durante o parto.
Nalgumas situações não vale a pena fazer a colheita pois existe já uma indicação para se administrar antibiótico: quando a grávida teve uma infecção urinária provocada pelo Estreptococo do grupo B ou quando já teve um filho com uma doença causada por aquela bactéria.
Se a grávida não tiver efectuado a colheita para pesquisa de Estreptococo ou se o resultado ainda não estiver disponível só se administra antibiótico quando o bebé tem menos de 37 semanas (prematuro), se ocorrer febre durante o trabalho de parto ou se a bolsa de águas estiver rota há mais de 12 horas.
Quando o resultado da pesquisa de Estreptococo do grupo B é positivo e a grávida é submetida a uma cesariana programada (antes do início do trabalho de parto e sem ter havido rotura da bolsa amniótica) não há justificação para administrar antibiótico.

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