quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Candidíase vulvovaginal


A candidíase vulvovaginal é uma infecção ginecológica muito frequente, afectando a maioria das mulheres pelo menos uma vez na vida. Trata-se de uma doença provocada por um fungo do género Candida. A espécie Candida albicans está envolvida em 90% dos episódios.
Estes fungos habitam o corpo humano, incluindo a vagina, e vivem num equilíbrio com as nossas células e com outros microorganismos. Certos desequilíbrios como a toma de antibióticos, alterações do pH vaginal, humidade e a gravidez podem conduzir ao desenvolvimento excessivo dos fungos.
O quadro clínico é caracterizado por ardor vulvar e durante a micção, prurido (comichão) intenso, disparêunia (dor durante o acto sexual) e corrimento vaginal abundante. O exame médico permite constatar um corrimento vaginal típico (esbranquiçado, espesso e com aspecto de requeijão), acompanhado de inchaço e vermelhidão dos genitais externos. Na maioria dos casos os dados referidos pela doente e os observados pelo ginecologista são suficientes para estabelecer o diagnóstico. No entanto, caso persista a dúvida, poderá ser colhida uma amostra de corrimento para exame laboratorial microbiológico.
O tratamento é feito através da administração de antifúngicos na vagina (creme ou comprimidos, vulgarmente designados de “óvulos”) ou por via oral ou em associação. O parceiro sexual deve ser tratado apenas se referir queixas ou em face de candidíases vulvovaginais de repetição.
Uma mulher que apresente episódios recorrentes de candidíase vulvovaginal deve ser avaliada de forma mais exaustiva pois estes poderão ser a manifestação de uma doença grave como a infecção VIH/Sida ou a Diabetes Mellitus.
Existem algumas medidas de prevenção como a higiene íntima diária com produtos adequados e a utilização de vestuário não muito apertado, privilegiando tecidos que não sejam sintéticos.
(Imagem: http://overcomingcandida.com/images/candida_gallery/candida_micro.jpg)

Sem comentários:

Enviar um comentário