quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ventosa


A ventosa obstétrica é um instrumento de vácuo que, nalgumas circunstâncias, auxilia a realização de um parto por via vaginal. É composta por uma bomba de vácuo, um cabo maleável e uma campânula, aplicada sobre o escalpe do bebé. O ponto de aplicação localiza-se sobre a linha média, um pouco à frente da fontanela (moleirinha) posterior do feto..
As suas principais indicações são: período expulsivo prolongado, má colaboração ou exaustão maternas, suspeita de sofrimento fetal na fase final do trabalho de parto e necessidade de abreviar o período expulsivo devido a uma doença materna.
É importante reunir algumas condições antes de se iniciar este tipo de parto instrumentado: posicionar a grávida na marquesa e esclarecê-la acerca do procedimento; dilatação completa; bolsa amniótica rota; não haver suspeita de incompatibilidade feto-pélvica; analgesia adequada; bebé virado de cabeça para baixo, suficientemente descido no canal de parto; presença de médicos e de enfermeiros com experiência; existência de sala operatória disponível caso seja necessário realizar uma cesariana.
Após a aplicação da campânula cria-se o vácuo pressionando a bomba e, seguidamente, faz-se tracção em simultâneo com o esforço expulsivo materno, durante uma contracção. A ventosa descola automaticamente se a força de tracção for excessiva ou realizada numa direcção errada. A episiotomia (corte no períneo) é executada sempre que se justifique. O vácuo é libertado após a exteriorização da cabeça. É normal a marca da ventosa permanecer no couro cabeludo nos dias imediatamente a seguir ao parto.
Existem algumas complicações associadas, nomeadamente, escoriação do couro cabeludo, hemorragia sob o escalpe ou intracraniana e traumatismo do canal de parto.
(Imagem: http://www.kentecmedical.com/img/ClinicalInnovationsKiwiAllTypes.jpg)

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